Seminário de Jornalismo Cultural inicia na segunda-feira

Na segunda e terça-feira (22 e 23), a IV edição do Seminário de Jornalismo Cultural será transmitida, às 17.00 horas, nas páginas do Facebook do Museu Mafalala, SóArte Media e do Camões – Centro Cultural Português em Maputo.

A opção pela realização online é uma resposta as limitações impostas pela pandemia da Covid-19.  

Com efeito, a curadoria da presente edição do Seminário de Jornalismo Cultural está focada nos desafios impostos ao sector pelos tempos exigentes que atravessamos.

“[O tema deste ano foi escolhido] tendo em conta a mudança global da agenda devido à crise sanitária”, disse David Bamo, coordenador do Seminário, em entrevista ao “Mbenga”.

O objectivo, prosseguiu, é fomentar um debate que aproxime ainda mais os sectores das artes e da comunicação pela sua complementariedade. “Aliás, este é foco do seminário”, esclareceu Bamo.

Com efeito, o fórum será composto por dois painéis, que vão discutir o jornalismo cultural face ao agendamento e aos novos formatos necessários.

Na segunda-feira, o primeiro debate será sobre “Jornalismo Cultural e a COVID19: Agendamento e o novo formato das abordagens”, e terá como oradores Teresa Nicolau (Editora de Cultura na Rádio e Televisão de Portugal – RTP), Júlio Manjate (Presidente do Conselho de Administração da Sociedade do Notícias – Moçambique), Tânia Adam (Rádio África – Espanha), sob moderação de Sérgio Langa, docente da Escola Superior de Jornalismo.

No segundo dia, o evento vai discutir os impactos económicos durante e depois da pandemia, mais precisamente no “Futuro dos Festivais”. A mesa de discussão terá como oradores Quito Tembe (Diretor do KINANI – Plataforma de Dança Contemporânea/Moçambique), Adriana Barbosa (Diretora da Feira Preta – Brasil), Ivan Santos (Diretor do Plateau – Festival Internacional de Cinema – Cabo Verde), Jiggs Thorne (Diretor do Festival Bushfire – eSwatine). Este debate terá como moderador Ivan Laranjeira (Diretor do Museu Mafalala e da Associação IVERCA).

A semelhança de várias outras iniciativas, o seminário foi afectado pela pandemia. Sobre o assunto, David Bamo disse que “[esta situação gerou] algumas incertezas sobre algumas actividades, nomeadamente, as oficinas e o programa de estágios”.

Não obstante, o coordenador disse estar-se a estudar a possibilidade de realizar as oficinas virtualmente, mas reconhece que o acesso à internet ainda é um desafio no país, sobretudo pela qualidade dos nossos por dados de telemóvel.

Por outro lado, David Bamo afirmou que a pandemia abre uma janela de oportunidades por via da internet. A presente edição conta com a presença de 6 países incluindo Moçambique, sem muitos custos.

Sentimos que há um melhor tratamento e respeito pelos conteúdos de arte nalgumas redações, a qualidade das abordagens tende ganhar novos contornos pois o seminário acaba por ser um fórum que fiscaliza a actividade jornalística nesse sentido”, disse o director, avaliando a mudança que o seminário está a fazer no sector.

David Bamo observou ainda que nos últimos anos foram aparecendo movimentos e iniciativas inovadoras, com uma nova proposta de divulgação dos temas de cultura e estes espaços ampliam o terreno do jornalismo cultural, assim como oferecem hipóteses de melhor entendermos a produção artística do país.

O IV Seminário de Jornalismo Cultural é organizado pela SóArte Media, em parceria com a Associação IVERCA e o Camões – Centro Cultural Português em Maputo. São ainda colaboradores desta IV edição a Mukency Studio, a Revista Literatas, a Escola Superior de Jornalismo e a Agência Pixel.

Devido ao Estado de Emergência que Moçambique observa em resultado da eclosão do Covid-19, o evento que será integralmente on-line, terá lugar nas plataformas digitais concretamente nas páginas oficiais do facebook:

·      Camões – Centro Cultural Português (https://www.facebook.com/camoesmaputo/)

·      Museu Mafalala (https://www.facebook.com/museumafalala/)

·      SóArte Media (www.facebook.com/SóArte/ )

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