O mundo como o conhecíamos ruiu, nada será como antes: boa nova ou holocausto. Moçambique na corda bamba, a incerteza é a coisa mais firme que temos. Ainda na ressaca do pós-eleitoral, depois de dois meses em paralisia, as cortinas abrem-se, vivemos o novo anormal neste palco de vidro onde muitos juram que não têm pecados. Que se lance o primeiro olhar ao futuro. Melhor não, qualquer prognóstico será leviano ou profano, ainda é prematuro, é ingénuo planear a bonança enquanto se tenta escapar da tempestade.
Esperar o tempo certo? Mas não há tempo certo, por isso, no meio do caos, retornamos. Nada será como antes, não buscamos a nova Israel, buscamos por nós mesmos. Buscamos o melhor de nós, tentamos resgatar o melhor de nós. Tentamos aceitar que nesta desordem ainda é possível ver a essência do que somos. Neste tempo em que a esperança escasseia, acreditamos que é necessário relatar o que está a acontecer, porque o país está na corda bamba, mas a vida das pessoas tem de andar. Neste marasmo, temos de buscar a nossa essência. As artes e cultura precisam de se reinventar, e é na essência que elas se podem encontrar.
Somos a plataforma Mbenga Artes e Reflexões, um espaço onde a arte e a cultura se unem para desvendar a essência de tudo o que nos inspira. Queremos contar histórias, com textos, imagens, vídeos e todos os recursos que estiverem ao nosso alcance.
Explora, descobre e deixa-te levar por uma experiência única.





Créditos: Ildelfonso Colaço